sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Entre a madeira e a alvenaria, o mar


O pórtico de alvenaria e estrutura metálica tem nove metros de largura e seis de altura. Ele contém o volume de madeira, com quatro metros de lado, onde se organizam os ambientes íntimos e a cozinha
O pórtico de alvenaria e estrutura metálica tem nove metros de largura e seis de altura. Ele contém o volume de madeira, com quatro metros de lado, onde se organizam os ambientes íntimos e a cozinha
Dois volumes superpostos conformam a casa em Natal concebida pela equipe de Bernardes & Jacobsen Arquitetura. Externamente, a edificação é delimitada por abrigo de pé-direito duplo, um pórtico feito com empenas de alvenaria e malha estrutural metálica, enquanto internamente a organização se dá por meio de uma caixa de madeira. É uma casa pequena se comparada com os projetos usuais no portfólio do escritório, e, por isso, interessante registro de sua produção.

Os espaços híbridos - dentro/fora -, a retícula estrutural exposta, as superfícies contínuas de um mesmo material, quase sempre a madeira, e a luminosidade onipresente: a residência na capital doRio Grande do Norte traz todos os indícios de que, mesmo no limite da ocupação do lote - um terreno em declive localizado em condomínio particular, perto do centro da cidade -, Paulo Jacobsen, Thiago Bernardes e Bernardo Jacobsen favorecem a interação do edificado com o natural ou aberto, de modo a potencializar a escala aparente da construção.

Há um tal jogo de contrastes entre pés-direitos, proporções de ambientes ou materiais, além do cuidadoso planejamento da iluminação natural (por vezes contínua, por vezes semitransparente), que a casa parece estender-se horizontal ou verticalmente além dos seus próprios limites. Uma qualidade recorrente no trabalho dos arquitetos e que, neste caso, deriva da adoção de um partido radical em termos de isolamento doméstico.

Metade da casa, assim, é transparente, como se a construção funcionasse como somatório de ambientes sombreados pela casca em pórtico, que não interrompem o terreno com sua massa edificada.

No térreo, toda a porção direita é uma sala de estar de dupla altura e caixilhos envidraçados, através da qual se comunicam a frente e os fundos do lote.

Já da rua, tem-se a deslumbrante vista do mar, para a qual está voltado também o pavimento inferior, dedicado aos quartos de hóspedes e espaços de serviço.

Dois rebaixos apenas - um espelho d’água e uma piscina - resguardam os acessos externos ao estar do térreo, conformando ambientes intermediários junto às extremidades longitudinais da edificação.

Eles são qualificados pela iluminação filtrada pelo ripado de cumaru que os recobre, assim como pelo vão total junto ao terraço posterior, decorrente do atirantamento de um dos vértices do pavimento superior.O deslocamento lateral do bloco interno deu origem ao pé-direito duplo da sala

O deslocamento lateral do bloco interno deu origem ao pé-direito duplo da sala
O terraço posterior abre-se para generosa vista do mar
O terraço posterior abre-se para generosa vista do mar
O vértice interno e posterior do bloco dos dormitórios é atirantado, o que evita a sensação de estreitamento dos interiores
O vértice interno e posterior do bloco dos dormitórios é atirantado, o que evita a sensação de estreitamento dos interiores

Já na metade esquerda da casa há a caixa de madeira que abriga os quartos e a sala íntima central, no pavimento superior, e, no térreo, a cozinha contígua à área de refeições.

Seus caixilhos têm abertura total, do tipo camarão, e desenho semelhante ao ripado que reveste as paredes do volume, de modo a conformar-se a ideia central da arquitetura, ou seja, a setorização por volumes superpostos. Um partido reforçado, enfim, pelo fato de o pórtico externo e o volume interno não se tocarem em altura.


Texto de Evelise Grunow
Publicada originalmente em PROJETODESIGN
Edição 377 Julho de 2011

Paulo JacobsenThiago BernardesBernardo Jacobsen
O escritório Bernardes & Jacobsen Arquitetura é constituído pelos sócios Paulo Jacobsen (FAU/ Instituto Bennett, 1977), Thiago Bernardes e Bernardo Jacobsen (UFRJ, 2005), autores de inúmeros projetos residenciais no Brasil e no exterior
O desenho ripado é padrão para os revestimentos e caixilhos de madeira
O desenho ripado é padrão para os revestimentos e caixilhos de madeira
Dois rebaixos - o espelho d’água na frente e a piscina no terraço - fazem a intermediação da sala de estar com o ambiente externo
Dois rebaixos - o espelho d’água na frente e a piscina no terraço - fazem a intermediação da sala de estar com o ambiente externo
As coberturas dos terraços de entrada e lazer têm iluminação semitransparente
As coberturas dos terraços de entrada e lazer têm iluminação semitransparente

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Casas de família

Texto Família Casa & Decoração | Fotos Sidney Doll
Solteiros, casados, com filhos... Acompanhe casas que retratam perfis da família brasileira.


FLORES E CORES
Texto Simões Neto
Ela viaja à região da Provence (França) pelo menos duas vezes por ano, adora flores e busca em suas cores a paleta para renovar as coleções de moda infantil. Na casa da estilista Alzira Kaimoto, depois de uma reforma radical, o teto e alguns detalhes receberam contornos de rosas do papel de parede; as estantes ganharam truques de marcenaria e potes com retalhos de tecidos, linhas, agulhas e botões para decorar.

No projeto, entre os inúmeros desafios, a designer de interiores Rosely Amabile se deparou com uma reforma grande no apartamento com 50 m² no andar inferior e 30 m² no superior. No térreo, onde atualmente está a sala de TV, antes era um quarto de hóspedes. “O elemento complicador era a parede divisória que não poderia ser demolida porque por ela passa toda a hidráulica do apê. No caso, tive de conservá-la, mas inseri um espelho teto-chão para aproveitar a verticalidade e trazer amplitude”, revela Rosely. O lavabo recebeu cerâmica com motivos florais e cortina que mistura pérolas e flores estilizadas de gesso.

























Espelho, Geo Vidros; tapetes, Santa Mônica; móveis, Copelli, Breton, Sierra Móveis, todas do Lar Center; gesso, Assis Ribeiro; iluminação, Empório Luz; papel de parede, persianas e cortinas, Marengo Decor; áudio e vídeo, Estação 7 de Cinema; objetos, Spazio Manzatti; parede de tijolinhos, José Severiano Peixoto.
Agradecimento: Veneza Souzedo, da The Flower Power.






CASAL RELAX
Texto Adriana Fricelli

O momento registrado nesta foto é a máxima expressão do romantismo para este casal. Jovens, modernos e super alto-astral, eles mantiveram o espírito baladeiro. Uma prova é o apartamento onde foram morar: um imóvel antigo totalmente repaginado para se transformar no local ideal de animadas festas.

Com a demolição de algumas paredes, sobraram os pilares responsáveis por setorizar os ambientes. Largos e chamativos, eles foram revestidos com Tecnocimento, o mesmo material da bancada da cozinha. A decoração apostou no mobiliário retilíneo, com a rusticidade da estrutura aparente e peças ícones do design. Dessa mistura, destaque para a geladeira vintage, restaurada pelo morador e usada como bar.
























Projeto SAO Arquitetura, Ambientação Patricia Pomerantzeff. Mesa, Artefacto; vaso, Garden Sul; sofá, Dpot; poltronas, Fernando Jaeger; tela, artista plástica Bettina Vaz Guimarães; luminária preta, Puppy Glossy vermelho, mesa Saarinen, poltrona Nimrod, foto Inseto Sang, tudo da Micasa, persianas,Windows Company.




GÊMEAS, MAS NEM TANTO
Texto Romulo Osthues

Enquanto a administradora Thaís gosta da calmaria em um lugar sereno e sóbrio ao chegar do trabalho, a arquiteta Carô curte as descobertas da agitação noturna fora de casa. Uma olhada no quarto de Carô aponta peças garimpadas em feiras, que pertenceram no passado a outras pessoas. “Eu sou meio nostálgica, gosto de coisas velhas pela casa. É a cara do predinho antigo, conversa com o lugar”, diz a arquiteta.

Quando Thaís comprou o apartamento, não hesitou em contar a irmã para dar uma mão na reforma. Carô estava para voltar do exterior e topou dividir as dores de cabeça da obra assim como, temporariamente, os 83 m² do apê.

Marcenaria, Mobjeto Móveis e Projetos; cortinas, Divano Decorações; carpete, Santa Mônica Tapetes e Carpetes; demais objetos, frutos de garimpo ou acervo de família.




TODOS À MESA
Texto Guilherme Mota

Karina é designer de interiores, produtora, empresária e não para quieta. André, empresário, é marido, amigo constante e pai da filha do casal, a brincalhona Serena. Como os dois trabalham dentro de casa, a família precisava de um lugar especial, só para curtir bons momentos juntos, e a cozinha foi o lugar perfeito: “Aqui é o nosso espaço ideal”, diz Karina, que projetou o espaço.

























Piso e bancadas em cimento queimado, equipe Karina Arruda; peças restauradas, Estúdio Glória; louças e acessórios, Suxxar e Espaço Santa Helena.




CASA CHEIA
Texto Adriana Fricelli

































Elas não param. Respectivamente com 6 e 3 anos, Olívia e Catarina precisavam de um apartamento com o mesmo ritmo. A mãe, a arquiteta Priscilla Belchior, e o pai, o dentista Silas, também sentiam falta de mais espaço para receber os amigos. A solução foi mudar para uma cobertura de 160 m², reformado em parceria com sua sócia, Ana Paula Devechi, a fim de permitir as brincadeiras das meninas e a diversão dos adultos. No piso superior, uma piscina, que também pode ser utilizada como spa. Para dar cabo das necessidades da família, a sala foi ampliada com a eliminação das paredes que compunham um dormitório.







Reforma, Obra Engearte; mesa de centro, móvel do home theater e cristaleira, Marcenaria WN; sofá, cadeiras Marcel Brauer e a poltrona Charles Eames já pertenciam à família. Lareira e prateleira para fotos, Ribamar; tapete, Cartago; iluminação, Lustres Yamamura.


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O inusitado; Piscina no teto

Piscina no telhado não é algo tão incomum nos dias de hoje, mas no teto sim, tão incomum que tornou esse projeto da Patkau Architects incrível.

O que mais me chamou atenção nessa ideia foi a luz caustica e difusa que a água causa no ambiente. Realmente um efeito muito bacana.

Há algum tempo publiquei aqui sobre uma sala dentro de uma piscina.

Fonte: http://arquiteturando.com

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Casa de Bambu na Costa Rica

Arquiteto e designer Benjamin Garcia Saxe apresenta sua casa na Costa Rica feita basicamente bambu.

O costa riquenho Benjamin construiu esta casa no noroeste da Costa Rica e com apenas US$40.000,00. O bambu é o material primário para o projeto, a estrutura é aço, paredes com tecido de juta e telhado de zinco.

Esta última característica é uma das críticas do projeto, uma vez que telhados de zinco podem atingir altas temperaturas como está acontecendo em escolas em Ribeirão Preto. E já que a casa é na Costa Rica, imagino que o calor não deva ser uma coisa fácil de lidar. Ainda que o projeto tenha sido pensado para aproveitar o máximo possível a circulação dos ventos naturais.

A casa que foi um presente para a sua mãe fornece vista para a lua, e um grande plano aberto para o jardim. A parte mais interessante do projeto é justamente a estrutura do telhado que deixa livre as paredes divisórias de ambientes.

Simples, barato e charmoso: o cimento queimado pode ser usado em qualquer ambiente

(Foto: Divulgação)

Cimento queimado (Foto: Divulgação)

Cimento, areia, água. A mistura simples há muito deixou de ser usada apenas na estrutura das construções e já assume papel de destaque na decoração. E não somente nos pisos. Ocimento queimado e suas variações já invadiu paredes e até bancadas de pia de banheiro e cozinha, dispensando o uso de outros revestimentos e dando uma solução rústica e barata.

“É um material despojado, econômico, que não sai de moda e fica muito bem se misturado a coisas mais sofisticadas”, diz a arquiteta Patrícia Carvalho, que com a sócia Adriana Valle usou o material numa bancada de banheiro.

Mas para conseguir resultados dignos de mostra de decoração, é preciso ter cuidados na aplicação ou ele pode trincar. Para evitar isso, ensinam os profissionais, é preciso esperar um bom tempo para secagem. Cerca de 15 dias. E é preciso ficar atento também à correta quantidade de água. A espessura da mistura de cimento, areia e água gira em torno dos 30 milímetros e deve ser aplicada sobre o contrapiso, ou embolso (no caso das paredes). Só depois, polvilha-se o pó de cimento por cima. Para um bom resultado, escolher um profissional que saiba realmente trabalhar com o material é essencial.

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As trincas e manchas (típicas do produto), contudo, podem até ser um charme a mais no projeto, como no caso da ?Cozinha do rapaz?, ambiente da mostra Morar mais por menos que recebeu o revestimento de cimento queimado em uma de suas paredes.

Já quem prefere uma solução mais homogênea, pode optar pelo tecnocimento. O produto é um pouco mais caro, mas tem uma aplicação mais simples e até 16 opções de cores. É vendido em kits já prontos.

“Por ter adesivo acrílico em sua composição, ele tem mais elasticidade e, por isso, não trinca como o cimento queimado”, defende Eduardo Moraes, representante da NS Brasil, empresa que fornece o tecnocimento.

Em ambos os casos, a manutenção não dá trabalho. Basta lavar com água e sabão neutro. É ou não simples e barato?


Fonte: http://www.zap.com.br

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Design faz a diferença na decoração

A decoração dos ambientes pode ganhar um toque contemporâneo com o design dos móveis. Os objetos que apresentam um visual estético chamativo podem fazer a diferença, além de aproveitar os espaços pequenos. O designer russo, Tembolat Gugkaev, é conhecido por criar móveis e objetos com design estético diferenciado, criativo e divertido. A empresa Domodinâmica, também é conhecida por suas criações divertidas.

O design urbano e contemporâneo pode ser versátil, atender as expectativas do cliente e compor com a decoração escolhida de acordo com sua necessidade e estilo de vida.

Fonte: http://www.eliane.com